Acho que ainda não estou apto a escrever sobre o ciclo eleitoral do qual participei recentemente. A construção de um projeto de mandato coletivo que teve o livro como grande protagonista tem muitos ângulos que propõem reflexão . Tenho pensado muito sobre essa vivência, as construções, os erros e acertos. Esse assunto me interessa, mas vamos dar tempo ao tempo.
Contudo, imerso nesses pensamentos, me deparo comigo mesmo: minhas escolhas, os nortes que me direcionaram pelos caminhos trilhados e, mais do que isso, no que me transformei.
Ontem, por exemplo, mergulhei novamente numa plataforma que não operava há muito tempo: o linkedin. Aquele perfil que encontrei lá, abandonado, era um eu de alguns anos atrás, com pensamentos e formas de atuação diferentes desse cara que hoje escreve por aqui. Meus kpi´s estavam muito conectados com o universo da Poeme-se. Lá eu era o malabarista Di-versos. Esse era o cargo que ocupava na primeira grife de camisetas literárias do País.
Me orgulhava ser múltiplo, multifacetado, polvo. Avalio que esses foram os atributos mais relevantes e necessários para fazer os primeiros anos dessa empresa. Criar, gerar valor e construir um time do zero, sem recursos, exige operações artísticas. Acho que dei conta.
Há, entretanto, uma diferença entre ser malabarista por necessidade e tocar a operação de uma empresa estabelecida. Me reconheci, depois de algum tempo não mais como polvo, mas como pato: ele que nada, voa e anda não traz a excelência em suas operações. Ainda bem que eu tinha um sócio confiável e apto a zelar pela excelência e construir comigo esse caminho. Ele opera a Poeme-se hoje e estou confiante que levará a empresa por caminhos prósperos. Me cabe atuar como conselheiro dessa empresa que acalenta muitos sonhos meus. inclusive deveria ser sobre isso o texto: meus sonhos.
Bom, se antes e durante tanto tempo eu fui o malabarista Di-versos, hoje me considero um empreendedor do setor do livro. Ainda não sei qual o próximo passo da minha caminhada, mas sei que o livro é meu norte e minha maior convicção. Seja ao criar a Poeme-se ou integrando a Bancada do Livro, sempre fui movido pela potência da literatura na vida das pessoas. Em 2021 não será diferente. O que será que me espera na próxima página?
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