Por essa estrada da vida tenho falado muito sobre a dessacralização da literatura e sobre a necessidade da construção de um lugar no qual essa arte tenha mais conexão com a economia. Afinal, precisamos de escritores bem sucedidos, de editores bem sucedidos, de livrarias com números de venda astronômicos. Precisamos de startups dinamizando a literatura, de novos suportes que construam estradas nesse nicho de mercado (assim como fazemos com a Poeme-se). Precisamos ver a literatura como nicho de mercado.
Recebi, via amigos, um de seus textos e vi ali, muito daquilo que acredito. Assim como eu, Netto também propõe que alguns valores atribuídos à literatura, como essa aura mágica, não contribuem para a difusão democrática e para a consolidação da arte como meio de vida.
“A literatura é frequentemente associada à importância do espírito, em detrimento à urgência do corpo. Tendemos a defini-la como um assunto da mais sublime importância, diante do que leviandades como mercado e economia são indignas.”
Confira o texto completo aqui > http://goo.gl/ewzHm5
A reflexão sobre a literatura brasileira, seus parâmetros e valores está clara e deve ser amplificada urgentemente. A economia criativa da literatura é uma realidade que tende a se expandir proporcionalmente à mudança dos valores que estão postos. Essa mudança, não tenho dúvidas, chegará. Eu acredito.
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